terça-feira, 20 de março de 2007

Três quatro oito quatro dois quatro dois oito.

Um.
Cinco.
Espera espera espera espera.
"Aqui é o Virgílio."
"Um minutinho senhor..."
Três.
Conta corrente? Pó pí pó pó pó pí pé.
Senha de acesso? Pí pó pó pí pé.
Espera espera espera espera.
"Aqui é o Virgílio."
"Um minutinho senhor..."
Espera espera.
"Vou estar transferindo..."
Espera.
"Boa tarde, senhor. Como vai sua família?"
Dois.
"Olá Virgílio, que nome interessante! O senhor almoçou direitinho hoje?"
Três.
"Em que posso ajudar?"
"Esqueci. Boa tarde!"

5 comentários:

Anônimo disse...

Gostei da pequena crônica,que retrata a enfastiante jornada de um mortal em busca de uma mínima informaçãozinha.Gê

Half disse...

hahahaha
Eles telefones são de dar ódio em qualquer um. Adorei Virgílio!
Com destaque para as centopéias.
"informaçãozinha" soa como uma poesia em uma palavra só... que família bonita não!?

Don Abraone disse...

A melhor coisa é descarregar sua raiva em um atendente inocente. Quando te ligarem oferecendo mais mega bytes na sua conexao à internet, voce manda uns "soh um minutinho", "fala aqui com minha mae", "mais um segundo por favor". E fica assim por uma hora. Depois diz que a oferta nao te interessa. Pode nao ser uma soluçao, mas o doce gostinho de ter descontado em alguem é garantido...

Anônimo disse...

Ficou divino. Congratulações.

Anônimo disse...

Essa Gemma aqui em cima é mesmo a sua mamãe?