Barulhentas formas amarelas, marcadas em vermelho e com gotas d'água, inscritas e suadas - algumas vezes uma em cima da outra. Pequenos e barulhentos suportes para gentes de todos os tipos - os suportes e as gentes -, em volta das formas, na proporção de quatro-para-uma.
Seres humanos e vaivém.
Aos poucos, são um-para-uma, os suportes e as formas amarelas barulhentos.
Entre sons ininteligíveis e gostos miscíveis, se pesca uma nesga de compreensão. Se veio do fundo, os da frente se viram e riem; um complemento, talvez, e mais risos - ato contínuo. Se veio da frente, este se vira (feito um maestro ao fim do espetáculo) e recebe a altiva glória, a máxima glória, a glória da aceitação. Não há espaço para bolas fora; não aqui.
Os sons evoluem, os rostos mudam - nem todos...
...e o torcicolo rouba o show.
Chega o caldo de feijão.
"A saideira, a conta, tchau."
É um boteco, mas poderia muito bem ser o Congresso.
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americanus (ou: O Poema que Poderia Ter Sido e que Não Foi)
O caldo feio, frio e rosa
(feito um porco processado)
com a ajuda do remédio dosado
Me seduziu com sua rala prosa.
É o efeito super-man,
a cura além do alcance.
"Ingerindo um Helmiben,
não há mal que me balance."
A resposta vem a cavalo,
galopando um trote insosso
em minha pele, em meu osso,
o Necator tem regalo.
"Num cardápio limitado,
o caldo pálido é impulsivo:
(poema incompleto porque fui ver SFIV no fliper da esquina. Ou: poema incompleto porque a inspiração se foi com a primeira rufada da trombeta)
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
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