tag:blogger.com,1999:blog-26097108932382528002024-03-08T01:16:56.012-08:00E como vivo? Vivo!Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.comBlogger15125tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-19771429763997964312016-04-11T17:07:00.001-07:002016-04-11T17:07:42.925-07:00O dia de me ir embora.A última noite sempre me lembra que eu não moro aqui.<br />
Que eu me mudei daqui.<br />
Do que deixei aqui.<br />
Do que perdi, do que parti.<br />
Me lembra sempre que não sou daqui.<br />
<br />
Sempre a última noite que eu passo aqui,<br />
Lembra-me sempre da passividade com que vivo<br />
- caso fosse ela'lgum mal -<br />
disfarçada, ela, em improviso.<br />
<br />
Me lembra sempre que eu ainda vivo<br />
a compridez de Murilo Mendes.<br />
<br />
E a hora de ir m'embora,<br />
no dia de me ir embora,<br />
me lembra sempre que pra sempre eu volto.<br />
<br />Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-72802696844759293012012-06-21T20:55:00.002-07:002012-06-21T20:55:25.619-07:00Postagem literal.Pra todo mundo que acha que o mundo faz sentido:<br />
eu escrevi esse texto dando uma cagada.Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-46580953141753151212011-12-13T20:09:00.000-08:002011-12-13T20:10:47.694-08:00Etmonet!"And I am not frightened of dying. Any time will do, I don't mind. Why should I be frightened of dying? There's no reason for it — you've got to go sometime".<br />Ela criou, aos poucos, um <span style="font-style: italic;">mouse pad</span> feito de papel cheio de frases e pensamentos escritos, tarada por letras que era.<br />Em uma de nossas conversas, mostrei esse trecho de "The Great Gig in the Sky". Destino certo: <span style="font-style: italic;">mouse pad</span>.<br />Depois de algum tempo, eu ainda a provocava: "Mãe, que tristeza! Tira isso daí!". E ela ria. E cantarolava; pronúncia perfeita.<br />Hoje eu vejo que naquela hora, naquele dia, ela já tinha se decidido.<br />E foi, pro seu grande evento nos céus.Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-25815016060220684852010-11-24T15:01:00.000-08:002010-11-24T15:18:57.620-08:00BSBBarulhentas formas amarelas, marcadas em vermelho e com gotas d'água, inscritas e suadas - algumas vezes uma em cima da outra. Pequenos e barulhentos suportes para gentes de todos os tipos - os suportes e as gentes -, em volta das formas, na proporção de quatro-para-uma.<br />Seres humanos e vaivém.<br />Aos poucos, são um-para-uma, os suportes e as formas amarelas barulhentos.<br />Entre sons ininteligíveis e gostos miscíveis, se pesca uma nesga de compreensão. Se veio do fundo, os da frente se viram e riem; um complemento, talvez, e mais risos - ato contínuo. Se veio da frente, este se vira (feito um maestro ao fim do espetáculo) e recebe a altiva glória, a máxima glória, a glória da aceitação. Não há espaço para bolas fora; não aqui.<br />Os sons evoluem, os rostos mudam - nem todos...<br />...e o torcicolo rouba o <span style="font-style: italic;">show</span>.<br />Chega o caldo de feijão.<br />"A saideira, a conta, tchau."<br /><br />É um boteco, mas poderia muito bem ser o Congresso.<br /><br /><br />----------------------------------------------------------------------------------<br /><br /><span style="font-style: italic;">americanus</span> (ou: O Poema que Poderia Ter Sido e que Não Foi)<br /><br />O caldo feio, frio e rosa<br />(feito um porco processado)<br />com a ajuda do remédio dosado<br />Me seduziu com sua rala prosa.<br /><br />É o efeito <span style="font-style: italic;">super-man</span>,<br />a cura além do alcance.<br />"Ingerindo um Helmiben,<br />não há mal que me balance."<br /><br />A resposta vem a cavalo,<br />galopando um trote insosso<br />em minha pele, em meu osso,<br />o <span style="font-style: italic;">Necator </span>tem regalo.<br /><br />"Num cardápio limitado,<br />o caldo pálido é impulsivo:<br /><br /><br />(poema incompleto porque fui ver SFIV no fliper da esquina. Ou: poema incompleto porque a inspiração se foi com a primeira rufada da trombeta)Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-78324734928129177592009-01-28T13:48:00.000-08:002009-01-31T10:21:47.840-08:00Um dia perfeito.O copo de uísque você enche com vinho. Aquela cor linda toma conta do seu corpo, e o aroma embebeda seu espírito.<br />Você coloca uma roupa leve, sai de casa leve, desce pela escada e, já na rua, deixa que a bicicleta o leve.<br />Parecendo nascido para aquilo, você pedala, cheio de ritmo, suor, torpor, arfar, pedala, pedala, pedala...<br />Passa o porto, passa o peixe, passa o farol, o velho, a moça, a onda, a terra, o ar, o mar.<br />Encosta, uma hora depois, sua bicicleta ao banco; à frente, o mar.<br />Embevecido agora em um sentimento incrível de completude, toma aquela ducha e sente a água gelada e viva brigando com o suor quente e vivo, disputando cada centímetro de sua face, de seus braços, de sua vida.<br />Volta ao banco.<br />Fita o oceano, extasiado, fita o encontro de céu e mar, de corpo e alma, de terrestre e etéreo.<br />Um turbilhão de imagens e lembranças e pensares lhe invade a cabeça, e você só se dá conta disso quando sente um murro, um tranco, um sopro na alma. Mas não sabe nem o que nem porque está pensando.<br />O dia é perfeito.<br />Caem as primeiras gotas.<br />A luta continua, suor e água, suor e água e chuva e vida.<br />Caem mais gotas, chove mais. Chove muito, chove lindo.<br />Você levanta, pega a bicicleta, suspira aliviado, vivo, e pensa, em um segundo, em todos que ama.<br />Pedala, pedala, pedala, contemplando o asfalto, o prédio, a torre de chope, o Itaú, a Goiás, o São José, e chega em casa e, enquanto pensa em cada palavra, revive cada momento e fica triste em não ser capaz de descrever cada sensação com perfeição.<br />Perfeição. Um dia perfeito.Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com23tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-12968958648648819932008-06-08T12:03:00.000-07:002008-06-08T12:04:03.383-07:00X-maiô"Hoje tá que tá... Tá excelente."Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-69308726235148589422008-04-13T13:12:00.000-07:002008-04-13T13:14:58.023-07:00...e agora, uma breve limpeza de teias.Esse é um texto que eu gostaria de ter escrito:<br /><a href="http://vettora.blogspot.com/2008/04/hai-kai.html">http://vettora.blogspot.com/2008/04/hai-kai.html</a><br /> Lindo.<br /> E vale como propaganda. Pro bilhete amigão e pro amigo irmaozão.Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-59673010390349540652008-01-29T14:11:00.000-08:002008-01-29T14:15:57.788-08:00Terra da GaroaHoje ficou o dia inteiro chovendinho, sem parar, na Paulicéia Desvairada...<br />...e eu com a alma lavadinha, não podia ficar sem mandar um trechinho da Lira Romantiquinha.<br /><br />"Minh'alma chove<br />frio, tristinho...<br />Não te comove<br />este versinho?"Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-23664807487597163912007-10-20T10:45:00.000-07:002007-10-20T10:58:19.608-07:00Anos Incríveis...Anos Incríveis é como um bom livro.<br />Um bom livro a cada episódio.<br />Mas existe uma <a href="http://www.youtube.com/watch?v=Z7aq6EFq_38">cena</a>, de três minutos, que vale mais que qualquer outro episódio.<br />E eu só percebi isso agora, 10 anos depois de tê-la visto.<br />Não porque eu não tenha gostado na época, pois só de ler o título do vídeo eu já lembrei do que se tratava, e até chorei. Lembrei do episódio inteiro e de todo o contexto. Lembrei da série inteira e de todas as sensações que ela me trouxe.<br />Só percebi isso agora porque o seriado é um <span style="font-style: italic;">flashback. </span>Claro que eu não tenho agora a mesma idade que o "Kevbo" tinha quando narrou a série. Eu sou bem mais novo. Mesmo assim, a sensação que eu tenho agora quando assisto é a sensação que se deve ter: um saudosismo amargo e delicioso, uma vontade de abraçar todas as pessoas que marcaram minha vida.<br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=Z7aq6EFq_38">Assistam</a>, chorem e lamentem não poder voltar atrás.<br />Sintam o nó na garganta sufocar seu coração e, levados pelo mesmo sentimento do Kevin, não desistam e digam a ela que vocês a amam.<br />Simples assim.Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-9741981979147485652007-05-20T14:10:00.000-07:002007-05-20T14:19:13.559-07:00Há pomos?"(...)<br />Essa felicidade que supomos,<br />Árvore milagrosa que sonhamos<br />Toda arreada de dourados pomos,<br /><br />Existe sim; mas nós não a alcançamos,<br />Porque está sempre onde nós a pomos<br />E nunca a pomos onde nós estamos."<br /><br />Vicente de Carvalho. Este é um trecho do "Velho Tema".<br />Vale a pena ler e reler, trocando o "a" pelo "há" e o "por" pelo "pomo".<br />Um jogo de palavras lindo, que retrata a essência desse poema.<br />Mas hoje eu faço esse texto breve para contestá-lo: a pus ao meu lado; há pomos ao meu alcance.<br />Simples assim.<br />Espero que quem leia fique feliz também.Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-84897507443915864852007-04-15T09:58:00.000-07:002007-04-15T10:15:37.972-07:00Pequeno causo...<span style="font-family:arial;">Perdido nalgum canto da África, um certo <span style="font-style: italic;">chef </span>andava à procura do ingrediente perfeito. Entre um oásis e outro, encontrou um gringo que ao ar indagava: "<a href="http://abraone.blogspot.com/2007/04/causo-ligeiro.html"><span style="font-style: italic;">You talkin' to me?</span></a>".<br />Alarmado, se aproximou, e arriscou num globês precário: "Well, I'm the only one here. Who the fuck do you think you're talking to?".<br />Teria ouvido a resposta, não estivesse tão intrigado com a nudez do rapaz - que ostentava um lindo pinto, de espessura milimétrica.<br />Pouco pensou... E zás! Levou na faca a hombridade do rapaz.<br />Juntou alho, cebola, páprica e pimenta e preparou o que seria a recomendação da casa naquele domingo ensolarado.</span>Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-52695478879583502862007-04-01T13:28:00.000-07:002007-04-02T05:04:21.937-07:00"Parece uma coisa à toa, mas como é que a gente voa?"Combinei de passar na casa de um amigo meu, depois da minha aula. Subentendeu-se "às 18h".<br />A aula acabou mais cedo, lá pelas 16h. Fui pra lá sem ligar antes, no escuro, com certeza absoluta de encontrá-lo.<br />Sinal pro ônibus, bilhete único, desce, sinal pro ônibus, bilhete único, desce, toca o interfone.<br />O porteiro atendeu.<br />"Por favor, o Celso, do apartamento quarenta?"<br />"Seu nome?"<br />"Virgílio." (Há um tempo, eu dizia Jorge, João, Zé ou até Montana - sabe como é, tempo é dinheiro).<br />"Como?"<br />"Vir-gí-li-o."<br />...<br />Devia ter avisado... Ele deve ter saído. E mesmo que tenha saído pra comprar cigarro, comida, o que for, é bem capaz que demore o tempo suficiente pra eu me encher o saco e voltar pra casa.<br />Mas ele não sairia agora. Não tem porquê - vai atender jajá.<br />Puta merda, devia ter ficado no ônibus. Vou ter que voltar pro ponto, esperar outro, pegar trânsito...<br />São Paulo é foda. Não é como Pirassununga. Lá eu passava na casa de algum amigo, de bicicleta, sem avisar e sem medo de ele não estar em casa. Se não estivesse, era simples: eu pegava a bicicleta e ia embora.<br />Aqui é complicado... Eu devia ter avisado.<br />Bom, eu tenho certeza que ele está em casa. Se não estiver, eu volto pra minha, não tem problema.<br />Devia ter ligado.<br />...<br />"Pode subir!"<br />"Obrigado."<br /><br />Isso aconteceu há uns quatro dias, e eu esperei na porta do prédio uns quinze segundos. Foi o tempo do Celso ouvir o interfone, atender e me deixar subir. Pouco tempo. Foi o tempo de eu pensar em Pirassunga, trânsito, desencontros... Muito tempo.<br />"O pensamento parece uma coisa à-toa, mas como é que a gente voa quando começa a pensar?", cantava Lupicínio Rodrigues, cheio de razão.<br />Eu queria saber o que pensava Machado de Assis sobre isso. Talvez eu morra querendo.<br />A gente voa...<br />A gente voa.Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-25547219622066912932007-03-20T12:34:00.000-07:002007-03-20T12:46:06.294-07:00Três quatro oito quatro dois quatro dois oito.Um.<br />Cinco.<br />Espera espera espera espera.<br />"Aqui é o Virgílio."<br />"Um minutinho senhor..."<br />Três.<br />Conta corrente? Pó pí pó pó pó pí pé.<br />Senha de acesso? Pí pó pó pí pé.<br />Espera espera espera espera.<br />"Aqui é o Virgílio."<br />"Um minutinho senhor..."<br />Espera espera.<br />"Vou estar transferindo..."<br />Espera.<br />"Boa tarde, senhor. Como vai sua família?"<br />Dois.<br />"Olá Virgílio, que nome interessante! O senhor almoçou direitinho hoje?"<br />Três.<br />"Em que posso ajudar?"<br />"Esqueci. Boa tarde!"Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-1706834946745616682007-03-05T11:54:00.002-08:002007-03-06T15:53:15.355-08:00Uma ópera e uma palavra...Demorei muito tempo pra assistir a uma ópera em casa. Em casa, sentado no sofá, com o controle na mão. Nada de teatro...<br /> Demorei duas vezes. A primeira durou algumas décadas. Talvez por falta de interesse, talvez por (felizmente) ser de uma família embalada por óperas, boas músicas e muita cultura; pais únicos que possuo. Era natural amigos meus irem à minha casa atrás de meus pais, enquanto eu jogava <span style="font-style: italic;">videogame</span>. Acho também natural o desinteresse dos filhos pelos gostos dos pais, até uma certa idade. Por isso a relação entre existir a cultura de ópera nos pais e não nos filhos.<br /> A segunda demora, e sem dúvida muito mais relevante, justificável e marcante, foi mais recente. Comecei a assistir "La Bohème", no fim do ano passado. Fiquei viciado em cada minuto, em cada ária, em cada "Dó de Peito", como me ensinou meu pai. Absorvi cada informação que minha mãe passava, quando vinha com aquele jeito dócil, interromper minha primeira Ópera (e eu voltava dez minutos, torcendo por mais uma interrupção).<br /> E então começa a ária mais marcante - tanto que, caso existisse algum curso de Ópera I em alguma faculdade, tal curso deveria ser por ela baseado -, "Che Gelida Manina". Acho que chorei instantaneamente. Soluçava e sentia o sal na boca. E a vontade de terminar a Ópera sumiu... "La Bohème" pra mim era "Che Gelida Manina". E ainda é.<br /> Passados alguns meses, voltei ao Rodolfo. E consegui assistir inteira. Claro, revendo muitas vezes a ária que, dificilmente, para mim, deixará de ser a melhor da história da Ópera - pelo menos da minha história da Ópera, que é recente, mas promissora.<br /> Terminei de assisti-la completamente perdido, desnorteado, alucinado por tanta beleza, tanto sentimento.<br /> "Impossível descrevê-la. Não existem palavras capazes de fazê-lo", pensei. Mas talvez exista uma. Um único verbete que, paradoxalmente, descreva fielmente "La Bohème": inefável.<br /> Coincidentemente esta é uma palavra que, talvez pelo pouco uso, eu demorei muito tempo para aprender.<br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=lsTO8e-e0rY">"Che Gelida Manina", com José Carreras</a>Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2609710893238252800.post-13709102871762010482007-03-01T08:02:00.000-08:002007-03-01T16:22:47.769-08:00Blog é coisa de imbecilNunca me achei um imbecil.<br />Agora que mudei de idéia quanto a isso - e visitei alguns <span style="font-style: italic;">blogs </span>muito interessantes, como o do Half, o do Roberts e o do Reinaldo Azevedo - decidi criar um pra ter a chance de salvar algumas coisas que invadem minha cabeça (já que estou muito cansado pra pegar um papel e um lápis).<br />Na verdade já anotei alguns poemas (sempre bufólicos, graças a Hilst) em extratos, boletos e afins, que acabaram se perdendo junto com a data de vencimento.<br />Fica aqui minha tentativa de iniciar um <span style="font-style: italic;">blog</span>.<br />Ficam aqui também um abraço - repleto de calor - e beijos aos pés do ouvido dos meus grandes amigos. Inesquecíveis e marcantes amizades, responsáveis por vazios e cheios em meu coração.<br />E, não menos importante, fica aqui um poema inicial, em homenagem a um grande homem, de muita coragem e pouca bola:<br /><br /><span style="font-style: italic;">Cripto<br /></span><br />- O quê??<br />- Criptorquidismo, minha senhora. Unilateral.<br />- Como assim "unilateral"?<br />- A ausência foi constatada em apenas um lado.<br />- ...<br />- ...<br />- Seja franco, doutor. Meu filho é normal?<br />- ...<br /> (VV, 1/03/07)<span style="font-style: italic;"><br /></span>Virgílio Vettorazzohttp://www.blogger.com/profile/10302542034372820723noreply@blogger.com5