A última noite sempre me lembra que eu não moro aqui.
Que eu me mudei daqui.
Do que deixei aqui.
Do que perdi, do que parti.
Me lembra sempre que não sou daqui.
Sempre a última noite que eu passo aqui,
Lembra-me sempre da passividade com que vivo
- caso fosse ela'lgum mal -
disfarçada, ela, em improviso.
Me lembra sempre que eu ainda vivo
a compridez de Murilo Mendes.
E a hora de ir m'embora,
no dia de me ir embora,
me lembra sempre que pra sempre eu volto.
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2 comentários:
Quanta boniteza nesta despedida chegante!
Uia! E não é que ele sabe poetar?
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